quinta-feira, 26 de junho de 2008

Como ler a Bíblia

A tempos não me despertava tanto o interesse por discutir religião. Após ter presenciado uma missa, depois de 12 anos, e após todas a s provocações de meus colegas agnósticos, sinto-me na obrigação de expor minha opinião sobre o livro sagrado dos cristãos. Para o filósofo Olavo de Carvalho - "cem por cento do ateísmo militante consistem em despeito e incapacidade de leitura séria". Afirma em seu artigo, cujo título fora plagiado propositalmente, "Como ler a Bíblia"(http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=8490752184365995494), que este livro deve ser primeiramente encarado como uma ficção e que temos que adentrarmos na estória e vivenciarmos nossa busca por auto-conhecimento. Afirma ainda - "Abrir-se ao chamado da perfeição divina é trabalho para uma vida inteira e mais uns dias, e vem entremeado de inumeráveis derrotas e humilhações -- mas sem isso você não compreenderá uma só palavra da Bíblia". Para esse filósofo da Opus Dei, ler a Bíblia é suficiente para alcançar a Deus e a verdade. Toda leitura, principalmente de algo, que pra você é a essencia da vida e serve como seu guia moral e espiritual, deve sempre ser acompanhado de análise imparcial e ciêntifica. Li a Bíblia como a verdade absoluta até meus 14 anos, quando enfim a pulga atrás da orelha manifestou-se. Comecei a estudá-la como livro histórico do povo hebreu primeiramente e depois passei a ler outros livros(http://pt.wikipedia.org/wiki/Karen_Armstrong - http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_Cristianismo) que podessem clarear minha mente super-crédula. Hoje, meus amigos, confesso que a Bíblia pode ser encarada como um livro de auto-ajuda muito bom para quem precisa, nada mais que isso. Temos algumas regras morais muitas vezes contraditórias diante da quantidade de escritores e filosofias diferentes. As evidências de que tudo fora copiado de outras religiões mais antigas e adaptadas à realidade do império romano são claras. Adaptações que até hoje acontecem ao bel prazer da Igreja Católica e das seitas evangélicas. Nas palavras do filósofo Janer Cristaldo "O judaísmo surge a partir de crenças egípcias. O poderoso deus único, Jeová, é um xerox de faraó Akhenaton. Sem o Egito, não existe a Bíblia. Que por sua vez gerou o cristianismo, a nova seita que se apossou indevidamente do antigo Livro dos hebreus." O vídeo http://www.youtube.com/watch?v=CZ8naJjapek é esclarecedor e conclusivo. Apesar de ter jogado minha Bíblia fora, nada pude concluir sobre a existência de Deus, e portanto não sou ateu, muito menos militante, mas não sou cristão, apesar de fã de Jesus Cristo.

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